![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBhz7A6Oeq8doDXyu_QaQAPAcS_nVBtN0XaogE1PSQo7LemL3W1cPLTq7N6Pg4XjDhMtp53bROvnjBvGOVInmj1kP-O3reTjHyl8JuOgjB5djFLIARJL0j1IthMx-V6l5mcuZmU8pZ2aez/s400/Por_do_sol_no_mar_4.jpg)
Onde pai andará, nesse instante?
Com auréolas de rei, abrindo cancelas
Na sua roça de milho, eterna?
Buscando as sandálias, ao entardecer,
Como tanto fazia antes?
Fechando as janelas, com a chegada da noite?
O que de hábito permaneceu, à distância,
Nesses dezoito anos de ausência,
Para que continuasse tão perto?
Decerto o chão de nossa casa
Com o vermelho cimento encerado
Fazendo espelho aos seus pés
Decerto essa frágil permanência
do outro lado, onde tudo reverbera
em aquiescência e abandono
Decerto o mundo, mesmo,
Com seus vestígios de sonho
Trazendo-o como dono; de tudo.