Evidentemente que a literatura sabe muito mais dos homens de que a psicanálise.
Vejam como Gógol conheceu o humano na sua mais profunda caricatura, com ironia e piedade:
"(...) Apesar de já haverem transcorrido oito anos desde as suas bodas, cada um deles ainda trazia para o outro, todos os dias, ora um pedacinho de maçã, ora uma balinha, ou uma avelãzinha, e dizia em tom comovente e terno, expressando um amor total: "Abre, benzinho, a boquinha, que eu te darei este bocadinho". É evidente que nestes casos a boquinha se abria com muita graça. (...) Em suma, o par era, como se costuma dizer, um casal feliz".
(In: Almas mortas)
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