Às vezes vejo a vida como dias amontoados, uns sobre os outros, sem lógica nenhuma. O mesmo sol, a mesma bruma, a mesma nuvem, a mesma ausência. Por trás de suas cortinas, Deus deve rir de nós, espertalhões que desejaram viver. Deus deve rir seus risos mais sarcásticos, mais irônicos, mais límpidos: Oh, ilusórias criaturas humanas, és simulacros, ao cabo e ao fim! Do outro lado escuto e digo, encenando para Deus: Oh diretor experimentalista, esse teatro me cansa, me entedia; me ensina uma de tuas danças, um de teus poemas, uma de tuas canções!
Deus, impassível, rege sua orquestra sem graça, de costas para mim.
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2 comentários:
Hoje não foi preciso recorrer a NIETZSCHE para suportar a dor, bastou encenar para DEUS. Obrigado.
Bicho do mato (na cidade grande)
Oh, Bicho do mato, que bom que você saiu realmente do mato e veio parar no meu blogue! E ainda falando de Nietzsche... Sempre soube de sua veia filosófica. Volte sempre, tá? Abraços.
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