terça-feira, 21 de outubro de 2008
telegrama
Onde estou não tem uma nuvem no céu. Estou me equilibrando, solta, no azul escaldante de um céu... que pega fogo. Aqui não tem vento. As árvores, perplexas, se olham, se acenam, sem poderem movimentar uma folha. E eu, pesada, tento mover-me nessa temperatura absurda que a distância aumenta. Não sei viver fora do ar. Não sei lidar com o calor. Quero frio, uma nuvem volumosa e fofa, para que eu possa deitar, dormir, sentir todas as gotas/ de chuva/ do mundo. Aqui não tem brisa, Bandeira. E eu não sei viver sem brisa. Sem notícias/ do mar.
Imagem capturada na www.flickr.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
10 comentários:
Uma injustiça, justamente para quem, como você, derrama gotas de orvalho onde passa...
Mais um mistério para nós:
Onde está Aeonauta?
Novaiorque, Maranhão?
Picos, Piauí?
Patos, Paraiba?
Ipupiara, Bahia?
Onde se meteu esta criatura?
Quem dá pista?
Aqui onde estou está tão gostoso!!!!!
Aqui, no mar, sentimos muito a tua falta. E as notícias te aguardam. Beijos
Tome um banho de rio, Aérea Persona, que vc vai sentir a brisa no corpo...rs... Abr. (carlos)
Complementando as perguntas de Bernardo: a que altura?
Nem me fale de saudd do mar...
Telegrafando de volta:
Aqui, da beirinha do mar, sinto a brisa e mando abraços.
Judith: uma injustiça mesmo: calor é uma coisa odiosa.
Bernardo: só posso dizer que estou numa fornalha.
Edu: que inveja!
Estranhamentos: estou curiosa para saber as novidades.
Carlos: o rio também está pegando fogo.
Nilson: estou no chão mesmo, infelizmente, porque por aqui o ar está pesado (literalmente, e não metaforicamente).
Críticas: que saudade de você!
Janaína: aceito a brisa, sim. E obrigada. Outro abraço.
Um belo poema em prosa. Como todos, aliás, que você escreve. Voltarei aqui mais vezes.
Postar um comentário