sexta-feira, 4 de setembro de 2009

lúdico


Nem se eu quisesse poderia acabar com esse blogue; assim como nem se eu quisesse poderia deixar de lhe amar. As duas coisas são para sempre, para sempre, independe de minha vontade, é como tomar água, lúdica e límpida água, meu amor. As duas coisas, esse blogue e você, são o que sou, o que trago como força e dilúvio, tempestade que vai se acalmando, bebê acarinhado no rosto. Você um dia me deu uma pasta com lápis de cor, um caderno de desenho, e eu comecei a desenhar o mundo; você me abraçou fundo, num regresso sem fim; sem precisar beijar na boca você confirmou nosso encontro. Um abraço guardado, na mais comovente sinceridade. Um idílio na linguagem, palavra roçando palavra, o êxtase, a perplexidade. Amor se faz assim, tecendo verbos imaginários: eu e você nesse olhar que não consome, que conforta, que brinca ludicamente com a morte...



Imagem: "Ludicamente", por Luz Delorenzini.
(www.flickr.com)

5 comentários:

Gerana Damulakis disse...

Seguiram por M, em boas mãos, portanto.
Verbos imaginários para o amor, isso ficou aqui se repetindo dentro de mim.

Carlos Rafael Dias disse...

Nauta,

Um pedido sincero de um blogueiro que tembém pensa, vez em quando, cometer blogcídio:

Não acabe este blogue. Please, no! Never!

Você nem imagina como ele é importante nesta infinita blogafera.

Imploro, pois.

Eliana Mara Chiossi disse...

Ah, que história doce...
Olha, não conhecer uma das faces da dona do blog, eu até aceito.
Mas deixa o blog aí...


Linda manhã de sábado procê!

Anônimo disse...

Beleza. Sempre Em seus posts.

Nílson disse...

Lúdica!