quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
perto das águas
POEMA PARA ANTONIO
Eu te amo, Antonio, e teu nome
Abre minha alma: nada se esconde.
Tu vês essa transparência e nele te dissolves
Etéreo e silencioso, como céu no inverno.
No ritmo das pedras que se eternizam
Perto das águas, em ti me detenho.
E como as estradas, teu amor amor me acolhe
No abandono mais triste, mais sereno.
Imagem: "Cada ser tem sonhos...", por Paloma Parentoni. (www.flickr.com)
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13 comentários:
Lindo. Perfeito. Lírico como só você faz.
Dá vontade de copiar, como antigamente, no "caderno de poesia" onde guardávamos poemas de amor e rosas-murchas-sêcas, lembranças de amores (vãos?)(foram)
É isso mesmo: dá vontade de copiar o lindo poema de amor.Bj
Lindo lindo!
Um beijo para você - e um livro seu em 2010!
O poema começa bem, mas senti falta de um "fim", de um desfecho. Não há, na minha opinião, o clímax daquilo que é desenvolvido, que começa a se desenvolver... Há belas e muito suaves imagens, como, por exemplo "Eterno e silencioso , como céu no inverno” e ainda a mais bela de todas, legível nos dois primeiros versos do segundo quarteto. Mas, considerando a qualidade do início do pequeno poema, espera-se mais do fim... Acho que a autora tem capacidade de melhorar esse belo início de poema.
Lembrou-me alguns textos de Ungaretti... Abçs. Henrique Wagner
"Eu te amo, Antonio, e teu nome abre minha alma..."
Singelo e perfurante! Como as letras de Chico.
Muito bom!
Lindo, Aero. Adorei. Um ótimo 2010. Espero te ver, em breve.
Desculpem-me os críticos,
Mas o poema tá perfeito.
Sem por nem tirar.
Sem aresta nem muita festa.
É pra ler com o coração.
Nauta, continue sempre feliz...
E profícua...
Não me parece muito democrático dizer como se deve ler tal ou qual poema. Assim como não me parece muito inteligente usar apenas um órgão de nosso corpo para consumir uma obra de arte. Além de tudo, não há nada mais piegas, se pensarmos em Literatura, do que a frase "é pra ler com o coração", e a autora do poema realmente faz Literatura, e de alto nível. Se me ocupei em fazer o comentário que fiz é porque a poeta está além de bilhetinhos de amor e diários adolescentes, que sobejam em blogues. Entre o rouxinol e a rosa, aceito narcisos e danço com outra garota...
E como sou voltairiano, deixo a todos que leiam um poema como bem o quiserem. Eu, no entanto, que consigo fazer mais de duas coisas a um só tempo, não sinto parar o coração, quando uso o cérebro. Henrique Wagner
Lendo com o coração ou não, gostei muito do poema. É singelo e gostoso de ler. :-)
Ângela,
poema lindo e um pouco triste, estrada, abandono, melancolia. O nome Antonio é tão forte!
Vou mandar para uma amiga que tem amor por um Antonio.
um beijo,
Oi, lindo, ganhei o dia. Tenho lido tanto poema cerebral que é quase como molhar os cabelos no calor ler algo assim. Um beijo
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