domingo, 12 de junho de 2011
amar
A ambição de amar é sempre triste. Nela, só a grande ausência se instala, mesmo quando felizes nos amamos. É sempre triste, meu Deus, como esse domingo ameno em que tenho consciência da felicidade. Amar é o pleno vazio mais repleto de coisas, sorrateiras coisas, todas emprestadas pelo deus proprietário de tudo. Goethe mandou parar o tempo, pois que é tão belo; eu não ambiciono isso, apenas que eu sofra menos quando eu tiver que sofrer muito. E agradecer a alguma divindade o poder que me foi concedido de saber que irei morrer, e você também; e que essa cama, essa casa, esses cânticos, esse domingo se perderão um dia, completamente, na memória do tempo.
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6 comentários:
E que assim seja.
Lembrei da Carta de Rilke ao jovem poeta. "O amor, antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a uma outra pessoa. [...] O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser, é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe.”
Saudades de você também. Pois é, finalizei. Finalizar é morrer um pouco. Agora aguardo o dia 07. Bjs.
"Amar é o pleno vazio mais repleto de coisas." Aero, você é sublime. Bjs
Beto Guedes cantou assim:
"O medo de amar é o medo de ser livre para o que der e vier; livre para sempre estar onde o justo estiver".
Será que esse cara falou alguma coisa?
Morro de raiva de mim quando deixo que essas pessoas falam tudo que eu gostaria de ter dito. KKKKK
Aero, você tem dito tanta coisa interessante que poderia ter sido de minha autoria...!
Pra concluir, debruço-me em Milton:
"Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim, que perguntar carece como não fui eu que fiz".
Pois é Aero, como diz uma amiga: "Quem ama não dorme em paz."
A ambição de amar é o que nos move, cara amiga!
Bj
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