domingo, 15 de julho de 2007
Domingo não é um bom dia
Tem dias que não são bons para acordar. Tem dias que são bons para dormir, para sempre. Tem dias que não quero acordar, domingo por exemplo. Não quero acordar aos domingos, não quero. Domingo não é um bom dia para existir. Se eu pudesse eu pularia direto do sábado para a segunda. Domingo é um dia estragado, vazio, casas fechadas, ruas desertas, céu brilhando com uma ironia de fazer chorar. Seria melhor se chovesse, mas não, o sol tem que zombar da gente... De mim, principalmente, que gostaria de estar dormindo, para só acordar amanhã. Domingo não é um bom dia para viver. Que me perdoem os alegrinhos, os que gostam de praia, os que gostam de uma cerveja gelada.
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7 comentários:
Se não fosse o domingo, você não escreveria este texto...
domingo geralmente é ruim porque depois vem segunda-feira. porque temos muitas coisas para fazer e pouco tempo. porque a gente quer ter sempre a liberdade de domingo, mas isso dói. e sem dor, o que seria de um poetaeronauta? obrigada pelo post.
Seus textos são lindos! Você parece ser uma pessoa bem sensível! Um bom domingo para você!
Beijos,
Renata
Domingo, amigo, é o Dia do Senhor
Sunday, o senhor sol de todo mundo
Today, você pode fazer tudo
Dormir, sonhar, acordar, tomar banho de praia ou de piscina ou bica ou de chuveiro ou de banheira ou de cerveja ou de sol,
É dia de trabalhar, até.
Se você quiser!
(Agora, amigo, segunda-feira...)
Sabe que eu até gosto dos domingos? Aos sábados ainda tenho algumas obrigações a cumprir. Minha única obrigação de domingo é acordar a hora que eu quiser. E, às vezes, gosto de acordar mais cedo só pra sentir a casa quieta e silenciosa.
Mude o foco e vc vai ver que os domingos não são tão ruins assim.
Beijos.
lembrei do teu post ao encontrar essa poesia do carlos drummond de andrade.
* *
Poema que aconteceu
Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.
A mão que escreve este poema
não sabe o que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.
* * *
Aos 59 de idade, cada domingo para mim é o último domingo, e até a dor dos pontapés é sofrimento benvindo.
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