"As pessoas insistem em saber para quem são os poemas de amor... Não são para ninguém: a gente ama no ar..." (Mario Quintana)
A gente ama no ar! Repito o poeta, só que de maneira exclamativa. Ah, a gente ama no ar... Agora repito de maneira compassiva, talvez como Quintana quis entoar: as reticências, quem sabe, são vestígios dessa compaixão. Como se dissesse: não há, na realidade, destinário possível que consiga receber nosso amor: este é sempre feito de sonho, de um material evanescente - que escapa, que se dilui, que não é desse mundo...
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4 comentários:
Não todo amor, mas um pouquinho, quem sabe?, talvez possa realizar o milagre... não? Abr. Carlos
Resposta para Carlos Barbosa:
No amor não vale pouco, muito menos "pouquinho"... Abraços.
Ora, amiga, a destinação de todo amor que temos a uma só pessoa a dizimaria, não? Sejamos monógamos, mas dosemos o amor, senão será o caso de ebulição permanente - assim, ou o amor se evapora ou os amantes se cremam. Ou não? (Carlos)
Carlos Barbosa,
Depois dessa, fiquei sem resposta.
Abraços.
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