E não é que um dos meus amigos virtuais, que comentam aqui, descobriu o meu endereço e deixou na portaria um presente de aniversário? Pois é. Não sei quais foram os indícios que deixei nesse blogue para ele conseguir as pistas de minha casa. Sei que ele acertou em cheio o meu gosto: deixou o livro "Da preguiça como método de trabalho", de Mario Quintana. E segundo o porteiro me informou, ele chegou aqui de madrugada. Veio todo de branco, como alguém de outro mundo, acordou o porteiro que estava dormindo em serviço e disse que não era preciso me acordar. Entregou o livro. Dentro, uma dedicatória: "Para Aeronauta, aérea persona, dona dos cabelos emaranhados de poesia e preguiça, este método de mestre. Do amigo Carlos Barbosa. 10.nov.2007".
Abro o livro e Quintana me diz: "Não despertemos o leitor. Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo."
Entendi o enigma... Por isso meu amigo virtual não interfonou: ele queria que eu continuasse dormindo ao receber esse livro maravilhoso, metáfora de tudo.
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9 comentários:
Excelente texto, para ficar na eternidade... Também, com tantos estímulos: Quintana, o Barbosa... que não é o Rui Barbosa... Abraço, M.
Devo dizer que não foi fácil. Me ensinaram o caminho lá na seção braiile da biblioteca. O porteiro não contou tudo: estacionei a nuvem bem em frente ao portão e a set quis multar, mas eu soltei cérbero e a viatura subiu a ladeira de ré, balindo. Fico feliz por vc não ter acordado, então, e por ter acertado no presente. Abr. (Carlos)
Ah, que coisa linda! Bom se sentir amada, não?
Beijos,
Renata
Que negócio incrível! Amei o texto, o presente e a criatividade do Barbosa.
Carlos Barbosa foi feliz na escolha do livro e, mais ainda, na delicadeza do presentar. Lindo!
Confesso: estou morrendo de inveja desse meu xará. Mas, a vida é dos mais espertos.
Ta namorando..ta namorando...!!
Aeronauta, pudera eu fazer parte dos seus sonhos, como Quintana...
G.
Carlos acaba de dar a dica para todos os demais pretendentes, digo, presenteadores. A informação está disponível na Biblioteca dos Barris. Agora, será que ele é sincero quando diz ter ficado feliz por você não ter acordado? Carlos, Carlos...
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