segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

exílio


Sei que desse mundo não venho, nem ficarei
por muitos anos, sob o assombro aprisionada.
E que amigos moram em suas próprias casas
como se nunca estivessem em viagem.

Sei que é longe o hospício pra onde me levam
com tantas folhas mortas na entrada,
E de uma escada me olha o filho que não veio
no segundo mês que o esperava.

Sei de tudo, meu amor, e mais ainda
que a vida, estranha porta que se abre,
é vaga.
E na varanda, uma velha hera
se estilhaça.

4 comentários:

Naiana P. de Freitas disse...

Que belo!! belíssimo!!
abraços!

Renata Cecconello Mônego disse...

Os poemas são seus? são lindos, diferentes. eu adoreei!! Bjs, dê uma espiada nos meus :)

Monalisa disse...

Querida,
Saudades!
Lindo poema!
Beijos.

aeronauta disse...

Naiana: obrigada.
Renata: os poemas são meus, sim. Obrigada. Irei ler seus poemas.
Monalisa: que bom encontrá-la aqui! Muitas saudades também. Bjos