domingo, 27 de março de 2011
confissão
Ai de nós que vivemos. Ai de nós. Hoje acordei com hinos litúrgicos e odiei ter acordado. Sempre odeio acordar. Por isso presssupõe-se que deve ser bom morrer. Tenho certeza que para onde iremos, ao morrermos, tem livros e filmes. Isso basta. Não, não me mandem fazer caridade no outro mundo, fazer campanha do quilo, sopa para os carentes, etc. Não gosto de mendigo, não gosto de pedintes. Eu sou pedinte, mendiga. Basta uma, portanto, eu. Muitos mendigos juntos são uma chatice, basta uma, eu, portanto. Não consigo concordar com os trâmites desse mundo: ter fé, esperança e caridade. Oh Senhor, sou de fato uma herege. Não sei ter fé. Esperança é palavra clichê pra mim, e a caridade é algo branco e pálido. De tudo que ensinam em Teu nome só queria mesmo aprender uma coisa: a lassidão da paz, a prostração da paz.
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6 comentários:
Não é fácil...
Eu também gostaria de aprender a ter paz. Bjs, Aero.
vc me deixa inquieto...
Om Mani Padme Hum
Quintana em um dos seus Haikais...
"A morte é a libertação total:
a morte é quando a gente pode,
afinal, estar deitado de sapatos"
Tropecei nesse blog e vejam só... adorei!
Parabéns pelos textos...são geniais!
Abç
JAMAIS TERÁS PAZ SOZINHA, ENQUANTO A TUA CONSCIENCIA TE DIZER QUE,PERTO, DO TEU LADO, ALGUEM NÃO TEM PAZ. POIS É DIFÍCIL TER PAZ COM A BARRIGA GRITANDO, OU QUANDO SE QUER UM COLO DE MÃE E NÃO SE ACHA, QUANDO SE ESTÁ SOZINHO EM UM ABRIGO DE VELHOS, E NINGUEM TE VISITA. TEU CÉREBRO PARECE CHEIO, E O TEU CORAÇÃO VAZIO.
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