sábado, 9 de julho de 2011

mães queridas


Sinto falta de tuas águas, mães queridas. Cuidem do meu ori, que anda sempre quente, pegando fogo: minha cabeça precisa de tuas mãos, mães queridas. Molhem com água fria as pedras estéreis dessa rua, esse asfalto que não afaga meus pés. São outras as paragens, outra a vida que começa, sem cachoeira ou ondas revoltas. Aqui a brisa é vento frio, esmagando minha alma insone que peleja com o dia que chega. Aqui até que há beleza nas casas, mas as almas que nelas vivem são duras, com as portas e as janelas sempre fechadas. Aqui, sou de novo uma criança desamparada, quase amarga não fosse essa força de filha que não me desabita, mães queridas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que essa força de filha não te desabite jamais, amiga querida.

aeronauta disse...

Saudades demais de você, meu amigo Chorik! Assim que puder, te escreverei um email contando as mais recentes novidades.

Bípede Falante disse...

Sinto falta de ter mãe, sinto raiva por não ter, sinto raiva de quem tem, sinto raiva por sentir.
beijoss