quarta-feira, 7 de setembro de 2011
salve a pátria
Sempre quis ser baliza no sete de setembro. Baliza é aquela menina dançando, fazendo acrobacias na frente do desfile. De saia curta, com uma varinha na mão, ela dava ritmo e luz àquela coisa anódina chamado desfile; ela abria a fanfarra, toda fardada com esmero, doando festa às ruas. As pessoas acudiam à janela, prestigiando tudo, mas quem chamava a atenção mesmo era a baliza.
... Meu lugar no desfile era no fundão, como aluna anônima, segurando uma bandeirinha medíocre e marchando ridiculamente, sem ouvir o som da fanfarra, que ia lá frente, looonge. Eu era um triste fantochezinho da pátria. Nunca, nunca fui baliza, talvez o serei em outra vida, puxando o desfile anódino que também deve haver no outro mundo.
Imagem: Foto de uma menina chamada Naíra, que, evidentemente, um dia foi baliza; retirada do www.google.com.br
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4 comentários:
Aero, você é a baliza da minha fanfarra literária!
Aeronauta,
sem querer repetir o Chorik, voce é a primeira visita que faço quando acesso o desfile da blogosfera.
Um abraço.
Chorik e Akira: que bom ouvir isso! Grata, muito grata. Abraços.
Aero, eu um dia tive de desfilar lá em Vacaria, de sainha curta e varinha na mão, eu devia ter uns 10 anos, zero grau na rua, zero grau de vontade, baliza movida a beliscão de mãe. Resultado: desmaiei em frente a prefeitura que eu sempre fui chegada a um vexamão :) Não era o lugar que nos deixava infelizes, era a obrigação.
beijosss
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