terça-feira, 16 de julho de 2013

a poesia



Minha religião sempre foi a poesia.
Para que eu ir buscá-la em padres, pastores, espíritas
inveterados de verdades incríveis?
Os poetas sempre souberam de tudo,
Freud continua certo, por isso ganha meu respeito.
Cantos? Orações? Benditos? Senta e levanta?
Ajoelha-se? Sacrifica-se?
Oh, Cristo, minha maior lembrança Tua
é nas Bodas de Caná:
Tu e Tua mãe festejando;
Tu transformando
água em vinho em demasia.
Cristo é alegria, assim como o poema:
profundo, triste, a salvar pessoas.
Encontro-O em Cecília, em Bandeira,
em Drummond...
Nas pessoas terrenas que habitam
os templos, ouço-O diminuto,
lugar comum, que é atributo
de quem não tem mundo interior.

Um comentário:

Lidi disse...

"Cristo é alegria, assim como o poema:
profundo, triste, a salvar pessoas."

É isso. Assim também vejo a poesia. Ela sempre me salva. Bjs