domingo, 29 de novembro de 2009

Os deliciosos cacófatos de Bandeira


SAUDAÇÃO A VINÍCIUS DE MORAES

Marcus Vinícius
Cruz de Moraes,
Eu não sabia
Que no teu nome
Tu carregavas
A tua cruz
De fogo e lavas.
Cruz da poesia?
Cruz do renome?
Marcus Vinícius
Que em tuas puras,
Tuas selvagens
Raras imagens
Da mais pungente
Melancolia
Ficaste ardente
Para jamais;
Quais são teus vícios,
Vinícius, quais,
Para os purgares
Nas consulares
Assinaturas?
Marcus Vinícius,
Eu já te tinha
(E te ofereço
esta tetinha)

Como um dos marcos
De maior preço
Do bom lirismo
Da pátria minha.
Mas não sabia
Que fosses Marcus
Pelo batismo.
Hoje que o sei,
Te gritarei
Num poema bem,
Bem, não! no mais
Pantafaçudo
Que já compus:
- Marcus Vinícius
Cruz de Moraes
(Mello também),
De cruz a cruz
Eu te saúdo!


MÁRCIA

Se tomares como Norma
Reto caminho na vida
Viverás da melhor forma:
Terás bom nome, conforto
E ventura garantida,
Pois chegarás a bom porto
Como ela (ou sem moela!)
Márcia bela.


*Grifos meus. In: BANDEIRA, Manuel. Mafuá do malungo.
Imagem: www.google.com.br

3 comentários:

Gerana Damulakis disse...

"Ontem, hoje, amanhã: a vida inteira, teu nome é para nós, Manuel, bandeira".
CDA

Anônimo disse...

o cacófatos...

Nilson disse...

Bem Bandeira!!!