segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

reverência


Todos os dias um trator passa sobre minha alma. É assim: ele vem, pesado, e me esmaga. Nem no Natal ele deu uma trégua. Disse assim: no Natal não se nasce, se morre. Minha alma é translúcida, o trator é a morte. Imenso como um transatlântico. Diante dele me curvo, obediente, como um elefante de circo.



Imagem: filme "A hora da estrela".

6 comentários:

Lidi disse...

Ângela, uma das melhores coisas que me aconteceu, em 2011, foi ver mais forte a nossa amizade. Obrigada por tudo. Adoro você. Que 2012 seja um ano mais leve para nós. Bjs

Paulo André disse...

Ângela, aprendi a passar por aqui e a ler prazeirosamente duras verdades sobre a vida. Temos um sintonia muito forte na forma de ver a vida.

aeronauta disse...

Lidi: sua amizade para mim também foi uma das melhores coisas desse ano. Quiçá 2012 seja mais leve mesmo.Grande abraço.
Paulo André: fico feliz com essa sintonia. Que coisa boa diante da dureza da vida.

Sandra disse...

Ângela querida,
através de seu lindo espaço pude enxergar quão múltipla e bela pode ser a nossa vida. O ano de 2011 já valeu a pena por ter me presenteado com as suas tão sensíveis, sinceras e íntimas palavras. Depois de você, eu virei ventania. Deixei de ser apenas uma brisa. Te desejo um novo ano, cheio de muita paz, luz e sabedoria. Que a emergência de novos dias lhe tragam mais inspiração e muito, muito amor. Muitos abraços!!!

aeronauta disse...

Sandra,que bonitas suas palavras! Fico tão feliz em saber que pude chegar até sua alma! Obrigada, querida. Desejo que 2012 possa também trazer para você muita coisa boa. Um grande abraço.

Bípede Falante disse...

Ah, a Macabéia que vive em cada um de nós e essa vida que é uma morte tão viva.
beijoss