quinta-feira, 22 de março de 2012

o pior dos meses


Eliot, março sim é o pior dos meses.
Nele se calam dores estranguladas
no sótão amplo, escuro da casa.
Rangem portas e mais portas
sem a presença sequer dos mortos:
Um silêncio dos mais claros
invade o estábulo, o quintal,
e nele não se ouve nada.
Nesse mês absurdo, o ouvido
se faz duro, e as promessas
quebram-se, inválidas.

Um comentário:

Denise disse...

Ângela, tomara que Tom tenha razão, que as águas de março leve tudo isso e traga um novo horizonte:

"É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração"

Bjo