terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Vasto mundo (À maneira de... Carlos Barbosa)

Como escrever para alguém que entorpece a alma? É, eu escrevo para você. Há muito tempo. Nós dois sabemos disso, veladamente. Sua alma brinca de se esconder comigo, eu aceito o jogo. Me solto num túnel perigoso onde só amar é preciso, só amar, você está ouvindo isso?, amar, amar, palavra mais louca, imprecisa, precisa, como andar numa gangorra. Como estar aqui, antes que você, ou eu, um dia morra, e nunca mais poderemos nos alcançar. Como, pergunto ao mundo, talvez ao meu primo Raimundo, como lidar com rimas tão inseparáveis?, com rimas pobres mas terríveis? Como, "Mundo"?, sua avó, de oitenta e cinco anos, agora lhe pergunta através de minha voz.

4 comentários:

Anônimo disse...

Meu nome em um título...vixe!...Lembro do filme Advogado do Diabo, a cena final em que El Diablo, travestido de repórter, seduz o advogadozinho a dar uma entrevista; "- Vaidade, meu pecado favorito.", diz o capeta a sorrir. Tirante isso, Aérea Persona, é preciso sempre coragem para escrever...e para ler...e para ver certos filmes. Escrever, lucidez e brilho. Abr. Carlos Barbosa

aeronauta disse...

Quis brincar com o seu modo lírico de escrever sobre o amor, Carlos, mas sei que fracassei. Só Bandeira conseguia fazer isso bem: "à maneira de..." Mas de qualquer maneira fica aí a homenagem. Abraços.

Unknown disse...

To segurando vela aqui hehehe

Anônimo disse...

Caro Críticas Criticáveis, vc justifica o nick-name. abr. (carlos)