A CADA SUSTO
A menina tinha um vestido curto
E um amigo morto: o ausente absoluto.
Nas manhãs ela acordava, e lá estava ele
Atrás do muro; e, ao anoitecer, solto no quarto.
Solto no quarto, a irromper outros mortos
Da sacola de talismãs, gritando alto
Coisas que só os adultos poderiam ouvir.
Mas a menina suspeitava; e se aliviava a cada susto.
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