domingo, 1 de agosto de 2010
Brisa
Se aos dezessete eu tivesse uma filha,
teria seu nome: Brisa; e viria
com esse riso vívido, antigo,
de menina que um dia faria o colegial.
Se aos dezessete eu tivesse uma menina,
seria você, Brisa, a declamar poemas,
me ensinando coisas pequenas para quando
eu tivesse quarenta e dois anos.
Se aos dezessete, enfim, eu tivesse você,
Brisa, e você fosse minha filha,
eu te tomaria no colo, para sempre,
nos seus eternos seis anos.
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10 comentários:
Nossa, muito bonito, aero!
Que menina linda! Que poema belo ela ganhou. Bjs
Lindo nome,linda menina. Quem é?
Chorik, essa linda menina é a criaturinha mais apaixonante que, até hoje, conheci. Ela é filha de um amigo meu.
Garota, poema e autora, tudo muito delicado e belo. Abr. (carlos barbosa)
Aero, vc sempre me emociona. Venho aqui calado porque as vezes é dificil falar alguma coisa a vc.
Eu conheci uma Brisa Morena.
Lindos: menina e poema.
Beijo, Aero.
Que afetivo! Estou emocionada. Se eu tivesse seis anos gostaria de ter uma mãe que me tomasse nos braços assim. Se eu tivesse trinta também, se eu tivesse cem anos mais ainda :)
Mas enfim não tenho nem mãe. Coisas da vida.
Como diz Edu, eu também às vezes venho e fico calada. É tudo tão bonito sempre e me emociono tanto...
Lindos poema, nome e menina.
eis a saudade do que não foi. A nostalgia corporificada pela infância, a passagem do tempo, o crescimento alogado pela vontade no presente. Tudo isso verticalizado pela palavra poética. As crianças são criauras mágicas que abrem nos adultos aquilo que não aprendemos uma vida.
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