terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dia de Sylvia e Ofélia


TULIPAS

Sylvia Plath

(...)

Não queria flores, só me deitar
De mãos para cima e completamente vazia.
Quanta liberdade, você não faz ideia -
A paz é tão imensa que entorpece,
E não pergunta nada, um crachá, coisinhas de nada.
É do que se aproximam os mortos, enfim: e os imagino
Fechando sua boca sobre ela, como hóstia de comunhão.

(...)


PLATH, Sylvia. Ariel. Trad. de Rodrigo Garcia Lopes e Maria Cristina Lenz de Macedo. Campinas, SP: Verus Editora, 2007, p55.

Imagem: "Ofelia muerta".
(www.google.com.br)

3 comentários:

M. disse...

Aniversário delas, né? Bjs.

Arcoiris No Horizonte disse...

...e finalmente poder voar...falar sem ser ouvida...andar e não deixar pegadas...beijar e não deixar a marca, enfim pra que flores se já se breve serás adubo para elas.
Lindo
Desculpa-me perdoe-me pela ignorancia em nunca ter-lhe visitado, boba eu que perdi tanto...
Um abraço gracioso
Miris

Gerana Damulakis disse...

Beleza!