Onde nós, os sensíveis,
nos abrigaremos
Quando o mar invadir
a nossa sala, e eles, os visíveis
se apresentarem
com roupas aquáticas,
e coletes submarinos?
O que faremos nós, crianças
que me ouvem tão longe,
O que irão fazer de nós, sensíveis
como vós,
que sempre olhamos adiante,
acreditando em tudo?
Em que peito nós, os sensíveis
nos abrigaremos
quando o abandono se fizer lei
E os fortes homens visíveis
se apresentarem frente ao mundo?
Em que peito nós, os sensíveis
nos abrigaremos
quando o abandono se fizer lei
E os fortes homens visíveis
se apresentarem frente ao mundo?
2 comentários:
Ó deus, desconfio que continuaremso não fazendo nada. Apenas sentiremos. Muito, invisíveis.
Poema impressionante, a primeira estrofe já nos desterritorializa!
Que fará o mundo, sem os sesíveis? São eles, somos nós quem mostramos ao outro que ele é homem, belamente imperfeito em sua capacidade de viver e de amar.
(João Neto)
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