Desculpem, ultimamente não trago flores, nem rosas. Muito menos nuvens vistas de um ângulo poético. Menos ainda anjos e querubins. Estou na terra. Pisando no chão. Fui obrigada, nesses dias, a tirar férias do ar; deixei minha aeronave perto da janela do quarto. Estou na terra, repito, e o eco responde, com voz dura. Não trago nada bonito para contar. Somente algo sobre a beleza de certas amizades que persistem, tanto no ar como na terra, nesses momentos em que tudo parece de uma tristeza sem fim... E aqui eu conto a história de um rapazinho que se viu tuberculoso e sem esperanças... mas, tendo a visita constante de seu amigo Saulo, descobre que "há uma intimidade maior que a do sangue". E se pergunta: "Seria a da alma? Terá a alma de Saulo química igual à da minha? Sua companhia me dá a sensação de que vou sobreviver, se não em mim mesmo, nele."*
*Romance: "Fio de Prumo", de Antonio Olavo Pereira. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1973.
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7 comentários:
Não almejo a condição de Saulo, seria muita vaidade. Mas sinto uma alegria muito grande em ser seu amigo. Desde quando não lhe conhecia. E uma honra, também, pois você é, sem adulação, escritora do maior quilate. Tão logo abasteça sua aeronave, retome seus vôos líricos, Aérea Persona. Seguimos ao seu lado, abr. Carlos
Aqueça as turbinas, recarregue as energias e decole com sua aeronave que sempre ilumina os céus dos seus leitores!
Aeronauta, que lindo poema o do post logo abaixo. Difícil acreditar que a sua aeronave anda parada na Terra. Volte logo a voar. Beijos.
Mulher Alada, mesmo quando estás pousada, nos lança às alturas com a tua escrita. Parabéns. Beijos no coração. Mônica
Faço das palavras de Mônica as minhas. Bjs.
Todo mundo tem de descer para reabastecer. Quer queira, quer não. Só não se esqueça de voltar a decolar, mas sem pressa, com prazer.
amo viajar por aqui.
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