segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sísifo que sou

Comecei a escrever poesia, aos doze anos, a fim de conquistar um amor. O menino tinha quinze anos e o nome esquisito, e eu me apaixonei por ele. Fiz um montão de poemas. E nenhum conseguiu lhe conquistar. Mesmo assim continuei escrevendo. Continuei amando. Mas nenhum poema meu jamais conseguiu me dar o amor que eu queria. O destino me deu outros amores, mas não pelos caminhos da poesia. Porém, continuei escrevendo, continuei amando... insistente que eu sou, Sísifo que sou, subindo e subindo com esse peso lírico nos ombros.
Descobri hoje, depois de todos esses anos, que a poesia nunca vai ser minha aliada nos caminhos desertos do amor. Eu poderei escrever um montão assim de poemas. Como o menino de quinze anos que amei, ao ler o meu poema, o Amor apenas sorrirá, cheio de si... e seguirá seu caminho sem mim.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ai, Aeronauta, alguns poemas me trouxeram problemas (risos). Beijos, querida.

Kátia Borges disse...

Oi, querida, continuo em falta com vc. Estou atravessando uma espécie de inferno astral na saúde. Mas creio firmemente que ele esteja indo embora. Me desculpe mais uma vez. Bjs

Anônimo disse...

vc me conquistou com seus poemas

Carlos Rafael Dias disse...

Amor, humor
Sim, risos de vez em quando
Porque ninguém é romântico sempre

sandro so disse...

quem não começou escrevendo poemas para conquistar alguém? e quem não continuou escrevendo poemas sem ter conquistado ninguém? ah... deixa disso, aeronauta, e vai escrever. a gente não conquista um amor, mas pode conquistar o amor. ih... tô filosofando...

Anônimo disse...

Cortante!