


Conheço essa menina linda há muitos anos, pois que fui sua vizinha em 1958, no Chame Chame. Não sei se ela se lembra de mim desse tempo, quando eu ficava espiando de longe seus belos vestidos, costurados com tanta delicadeza por sua mãe. E depois retratada com tanto, mas tanto amor, por seu pai. Lembro-me que brincávamos juntas, de muitas brincadeiras, como boca de forno, cozinhado, pula-corda. E eu, que sempre tive medo de cães, aprendi com ela a amá-los.
Eis que se passaram anos, e um dia ela me achou na blogosfera. Foi no São João do ano passado. Amizade reencontrada, maravilhosa, que me rendeu outras. Com ela vieram Bernardo, Janaína, Judith, Edu, e muitos muitos outros seres desse mundo, inigualáveis. Com ela vieram para minha vida, como presentes que nunca findam, sua fotografia e sua literatura.
O rapaz bonito, também aí em cima, chama-se Nílson, e eu o conheci há um ano. Detectei a beleza de sua alma num dos posts mais corajosos que escrevi. Claro, porque a beleza precisa ser dita, proclamada a todos os ventos, sem nenhum pudor. Tal beleza nasce da conjunção do poeta e do homem que o habita. Tanta humanidade só pode resultar em poesia. É um dos mais completos poetas que conheço.
Essas duas pessoas lindas se encontrarão, amanhã, no Tom do Saber, autografando seus livros, para minha felicidade. Estarei lá, vestida a la década de 50, na fila de autógrafos. O convite está anexado: vamos juntos?
*Não aprendi ainda a colar imagens. Era para todas ficaram lado a lado. Não acertei fazer tão difícil coisa.
Foto de Nílson: Maria Sampaio.
Foto de Maria Sampaio: Mirabeau Sampaio, 1958.