sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
uma sombra
A impressão é que eu sempre chego tarde. Quando eu chego, todos já se foram. O salão está vazio, e não há nenhuma cadeira. O salão é amplo, e meu eco não se repete para fora. A impressão é que chego por último, e todos foram embora. A casa é imensa, abandonada, e faz pouco me esperavam na cozinha. Tilintavam panelas, à minha espera. Não, nunca chego na hora. E andando, pelos vácuos que escapam, abraço o que não se encontra, na forma nítida de uma sombra.
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Um comentário:
O Ser humano e sua fiel companheira, a eterna falta. Ser humano, ser livre, ser só.
Muito bom te ler, Ângela.
Abraço.
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