quarta-feira, 23 de maio de 2012

amor enorme


Tenho muito amor dentro de mim. Esse amor que tenho me comove. É uma ternura dolorosa, pois que, paradoxalmente, nega qualquer encontro pleno. As relações sempre parecem amputadas, o amor nunca é permitido. E olhe que estou dizendo do amor mais puro, o amor fraternal. Há sempre desconfiança no amor, como se quem ama estivesse a ponto de passar a perna e roubar. Amo tanto as pessoas, até aquelas que não amo. Tenho dó de todo ser humano, por que nunca conseguirá dar e receber o amor em plenitude. Aliás, nada teremos em plenitude, claro, devido a um aleijão de alma que nos persegue. Somos predestinados a ser eternamente mancos, "coxos", como diria Machado.

Nenhum comentário: