respostas às cartas recebidas
há dez anos atrás;
emails atrasados
recibos estrangulados
nas gavetas
contas de luz, água,
faturas de compras
envelhecidas;
tudo, tudo me chama
num clamor absurdo
e desmedido.
Devo tanta coisa ao mundo:
aquele texto nunca enviado
para uma revista literária;
a organização dos livros
a organização dos filmes
a organização da casa.
O favor que anunciei
com bondade exagerada;
O esquecimento sem assombro...
Devo tudo.
3 comentários:
Quem bom que, daquele verso, dito desprentensiosamente em uma conversa, nasceu um poema. Bjs
É verdade! Sabe que havia me esquecido? (rs) Bjos
Se tens débitos, não sei. Mas que tens créditos, sou testemunha. Bj grande. Saudades!
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