sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Jogo perverso

Esse homem é incorpóreo, já atravessei seu corpo como se atravessasse o corpo dos ventos. Ele foi algo que inventei desde menina quando, insone, insistia em criar rosto de gente nas formas esquisitas do telhado de lá de casa. Ele insistiu em me acompanhar, em todos esses anos. Desde que saí de casa, invento seu rosto ao relento, sob as nuvens. O que é ainda lúdico, na maioria das vezes se transforma em jogo perverso, pois que as formas das nuvens não têm a estabilidade das formas do telhado...

Um comentário:

katherine funke disse...

aeronauta, que imagem forte você criou aqui - magia com palavras!