sábado, 26 de janeiro de 2008
Aquele sorriso
Ele é a memória dos meus inocentes dezessete anos. Lindo. Olhos verdes. E namorava a menina mais bonita da cidade. Ainda hoje vejo-os de longe, abraçados, felizes. Ele cantava com a voz de Chico Buarque e me mostrava, como verdadeiro amigo que sempre foi, os mistérios que a arte sugere e não revela. Na verdade ele é, o quanto dura a quimera dos meus dezessete anos, uma inventiva vida vivida pelas sendas das palavras ocultas e enternecidas. Talvez, se ele não tivesse passado com o seu voyage azul pela minha rua, com aquela camiseta verde tão bela, eu nunca teria escrito um só verso. Talvez, se ele não tivesse tocado a "valsinha" eu nunca teria sentido aquela dor essencial. Eu escrevia poemas para ele. Ele lia e sorria. Era o suficiente. O Destino sabia. Ah, eu escrevia poemas para ele, repito, pois que esta é a sina de quem se apaixona. Ele passava todos os dias lá em casa e lia os poemas. Sorria. Seus dentes ficaram para sempre na minha alma... cravando, eternamente, a poesia.
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3 comentários:
Oi, Aérea Persona. Passo por aqui todos os dias. Até mais de uma vez. Faço a mesma coisa em todos os blogues que linquei lá no meu "contosempre". Nem sempre deixo recado, o que sei ser normal na blogosfera. Faço hoje esse registro e repito que vc deve reunir esses textos em livro. Desculpe-me se insisto no tema. Abr. Carlos
Estou de volta
Para retribuir a visita
Para agradecer o conselho
Para dizer alguma coisa bonita
O sol voltou no fim da tarde
Para dizer que não foi embora
Amores platônicos constroem nossa alma e personalidade e nos fazem mais fortes, ainda q parcialmente correspondidos
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