sábado, 26 de janeiro de 2008
Vestígios da Senhorita B.
A Senhorita B. fugiu por tudo que não pode ser: um abraço, um aviso, um beijo, um esconderijo, uma nuvem, um céu. Partiu. Num trem invisível, num dia distante, frio e absoluto. Deixou apenas vestígios, para os amigos: um par de sandálias abandonadas, o filme encontros e desencontros, e muitas, muitas palavras, como poemas em prosas contadas. Aqui e ali se lê um sonho: de natal, de festa de aniversário, de toda uma vida que poderia ter sido, e que nunca será - porque uma vida nunca será, de verdade. A Senhorita B. sabia disso, calma e dolorosamente. Por isso fugiu num dia de inverno, num trem invisível. Dos últimos vestígios deixados, encontrei um livro, "O amante"... Completamente marcado.
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3 comentários:
Ai, vc e Nake arrasaram demais! Tô até com vergonha de mostrar o meu... hehehe.
Como tenho sorte de estar rodeada de pessoas tão sensíveis! Obrigada, amiga! Seu talento é incrível, acredito nele.
Grande beijo,
Renata
Um poema em prosa, e à altura da moça. Ouro!
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