quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Como publicar um livro
Aproveitando o assunto do post anterior, me questiono: o que fazer para publicar um livro? É a pergunta que sempre morou em mim, desde os doze anos, ao começar a escrever. A resposta é complicadíssima. Aqui em Salvador pode se tornar simples se você tiver duas coisas: dinheiro e/ou amigos influentes. Se você tiver dinheiro, você publica seu livro em uma semana no mais tardar. E se tiver amigos, um grupo que lhe indique a um editor fechado, aí então você está na crista da onda, ou melhor, na crista da publicação. Caso não tenha nem um nem outro (nem dinheiro nem amigos influentes), a opção é escrever em blogues. Quem não tem computador, pode optar por lan house, pegar trinta minutos, pagar um real e escrever CORRENDO seu poema, ou seu conto, ou qualquer coisa.
Ah, havia me esquecido dos editais de cultura, dos prêmios literários. Nessa cidade tem, entre outros, o Braskem; mas se você já publicou um livro, mesmo que tenha sido publicaçãozinha doméstica, já era. Pode guardar seus sonhos na gaveta porque eles querem autores i-né-di-tos. Outro prêmio é aquele conhecido, do Banco Capital. Já participei dele duas vezes pra depois ficar sabendo que tive perto de ganhar, mas não ganhei. Recebi até carta de consolação. Depois dessas duas vezes nunca mais quis brincar nesse jogo. Lá eu quero saber de chegar perto de novo e não ganhar?
Então, e agora? Graças a Deus não li um livro que corria lá em casa, da estante ao tonel verde (conhecido como "cemitério de livros"), chamado "Como fazer amigos e influenciar pessoas". Desde pequena nunca quis saber disso: influenciar pessoas? Para quê? Para conseguir publicar um livro?
A coisa complica mais ainda se o livro que você tem na gaveta é de poesia. Porque se é um romance, ou livro de contos, você pode mandar para uma editora conhecida e... Claro, é possível. Mas poesia... "Poesia não sai", falaria qualquer livreiro, nem digo editor.
Oh, deve haver um santo dos "poetas bissextos em publicação". Deve haver.
Imagem: www.flickr.com
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15 comentários:
Poxa, como me reconheci no seu texto! Não tenho amigos influentes e nem dinheiro no banco. Lembra da música de Belchior? Às vezes, me pego pensando se vale a pena...
Aero, acho tão cruel estes concursos....
Gostaria de falar com vc em particular, vc pode me madar um email que a gente possa se falar?
O meu é: mgalrao@gmail.com
beijo
Aeronauta!
Ai ai, que assunto que você tocou. É em Salvador e é no mundo inteiro, quem tem dinheiro e/ou amigos influentes publica. Aqui na Argentina o dono de um grande laboratório chegou a conseguir autorização da família do Saint-Exupery pra escrever uma segunda parte do Pequeno Príncipe. Agora, olha a arrogância, eu nem ousaria pensar que posso escrever segunda parte de qualquer obra clássica.
Mas enfim, o blog me deu a possiblidade de colocar lá meus poemas em português (imagina se é difícil, como é difícil para um argentino que escreve poesia em português).
Agora eu, continuo na caneta mesmo. Só vai pro computador quando eu acho que está pronto. Mas publicar não deve ser o nosso Norte, precisamos manter o gozo de escrever. O resto é resto
beijos
Poucas chances nessa terra, é verdade. O esforço feito em busca de publicação é trabalho de Sísifo (sifu?)...
Continuemos.
p.s. ano passado até hoje (22.01), se não me engano, rolaram os editais da Funceb...
Kátia: Como lhe disse no seu blogue, o bom é que não estamos sozinhas nessa.
Marta: te mandei um email.
Juan: que bom dividirmos as mesmas apreensões. Obrigada por estar aqui.
Tom Correia: é trabalho de Sísifo mesmo.
Para todos: já que Marta Galrão me pediu "um particular", resolvi fazer um email exclusivo para me corresponder com meus amigos blogueiros. Segue:
bemilydickynson@yahoo.com.br
(não se assustem com o "y" (des)necessário)
estou nessa labuta também!
sem dinheiro ou amigos influentes, não me faltou ousadia: Morte Abjeta foi publicado na raça, a quatro mãos ( talvez faça a diferença)com o suado salário; depois fomos vender, aí, sim, aos amigos. vendemos tudo e cobrimos a despesa. faço outra vez? nunca mais!
Creio que todos sabem, quando Paloma leu me primeiro romance "Estrela de Ana Brasila" apaixonou-se e me pediu (imaginem... pediu) autorização para mandar para editoras. Imprimi e ela mandou. Algumas nunca responderam e meses depois a Luciana Vilas Boas da Record ligou. Capotei! Ano e tal depois, a pedido da própria Luciana mandei Rosália.
Mas, conto ainda a vocês. Antes, muito antes escrevi "Uma dúzia de retratos meus" memórias de família e da Bahia dos anos 50. Pois, a diretora da Fundação Casa de Jorge Amado encaminhou para seu editor da época e era uma época de muita publicação lá. Ele adiou tantos anos até deixar o emprego e devolver aos autores o que havia em suas gavetas. Achei até bom. Quem tinha de ler a Dúzia leu nas cópias e mais cópias bonitinhas e ilustradas que distribuí. Feitas em casa. As primeiras naquelas impressoras tcho-tchoc que o carrinho corre pra lá e pra cá.
Com fotografia? a primeira vez que mandei trabalho para Fotobahia, Aristides recusou. Depois... ele mesmo me convidou para fazer parte do Grupo de Fotógrafos da Bahia. Fui. E fui participante ativa do Grupo.
Vixe... escrevi mais que um post!
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Aero, por que a Menina da Ilha fechou a porta da varanda?
Nauta,
Eu tive sorte com os concursos, mas vc sabe que, recentemente, fiquei super triste com o caso do meu infantil. É assim mesmo. Só nâo vale desistir.
Bjs
Aeronauta, fiquei um tempão pensando num comentário inteligente pra fazer neste post, pois só me vinha a cabeça: "É isso mesmo, Mulher Alada". No final das contas, o que eu sei é que há muita gente boa que não publica; muita gente ruim que publica; muita gente boa que publica e não ganha matéria no Caderno Cultural; e muita gente que continua escrevendo e que sonha em um dia poder juntar umas economias pra publicar um livro. E assim gira esse mundo da literatura, por aqui pelo menos, que é o que eu conheço. Beijos e minha amizade e admiração.
Edu: labutemos, então!
Bernardo: agora é hora de uma editora encontrar essa preciosidade que é Morte abjeta!
Maria: que bom que seus livros foram reconhecidos como merecem! Assim, só nós, leitores, ganhamos.
Renata: ainda bem que os concursos foram justos com você, Renata! Nem sempre eles erram. Ainda bem.
Mônica: pois é: tem muita gente por aqui que acontece, que escreve bem e tem seu trabalho reconhecido mas não consegue espaço na mídia baiana. Esta sempre elege seus bajuladores.
Detalhe, escrevi Estrela entre 48/50 anos(+-) e já tinha 56 quando publicamos essamenina de Ana Brasila...
Pena q no blog nao posso escrever minhas historias q sao um pouco longas mas da pra matar a ansia q eh escrever
POR FAVOR LEIAM!!!Olá, tudo bem? tenho 11 anos, mas, tenho muitas idéias, e bem, gostaria do conselho de todos os autores destas perguntas, sempre responderei como #OAANÔNIMOA#, aí saberão que sou eu, bem, já escrevi muitas histórias, sou garota, e eu adoro Jurassic Park,(o romance do livro jurassic park 1), e adoro ler, nas minhas histórias, tenho sempre idéias diferentes, já escrevi sobre UFOS (OVNIS, ou seja ets) romances, contos de fadas (é o que mais escrevo) e históris típicas de anime, pois, gosta de acrescentar drama ás minhas histórias, por favor leiam!!!
este é um resumo para um livro:
A garota que vivia em sua casa, que não tinha nada de de especial, um dia reparou que morava na escócia...
ái, vocês já sabem... a velha histório do mostro do lago ness nessa história, é linda, é um romance chamado, bem, não posso dizer né... mais é lindo! me ajudem, acham q euy tenho talento???
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