sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Sobre a arte do abandono
Realmente é uma experiência virtual triste: você bate na porta de um e-amigo (como diz Marcus) e dá de cara com o mudou-se, ou foi embora mesmo. Pensei que minha irmã tivesse superado a crise de não terminar o que inicia, de não dar aviamento, de deixar as coisas pelo meio do caminho. Na infância eram os brinquedos: arrumava-os pra brincar e depois de alguns minutos desistia e deixava-os onde estavam, ou seja, no meio da sala. Depois mocinha aprendeu a fazer crochê: começava um pano e não acabava - a moleza dava no couro e ela adiava pra quando Deus fosse servido. Adulta, comprava mil e um livros para fazer um determinado concurso, começava a estudar no maior fôlego para no terceiro dia abandonar tudo. Instigada por mim começou a fazer terapia; na quarta sessão não voltou mais. Disse que não gosta de nada que se torna obrigação. Acabou o blogue por que os colegas de trabalho todo dia cobravam texto novo. Aí ela pensou: Vão ver texto novo é agora: nada! E plac, apagou tudo. Fiquei choramingando "Puxa menina, seu blogue..."; e ela "Que mané blogue!"
Imagem: "Abandono". In: www.flickr.com
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11 comentários:
Agora lembrei, Aero... a Menina até escreveu sobre essa largação dela. Que pena. Ficamos de água na boca como os "fregueses" dos salgadinhos também abandonados.
Saudades das malvadezas da Menina da Ilha, nos conquistou e se picou. Eu também mandei o Licuri pro espaço certa vez e me arrependi. Mas endendo perfeitamente quando alguém enche o saco. Chorik também foi e voltou. Espero que voltem os dois.
Também tenho essa capacidade de abandonar coisas...mas, como sempre, guardo extremos. Tanto eu guardo como abandono.
Falar nisso, não consigo mais visitar o Chorik, ele barrou a minha entrada!
beijos
belo blog....voce conheceu meu pai ?
me fala aí......32196451/87352452
Certa vez eu explodi o meu blog, mandei-o ao cyberespaço; diferente de tua irmã, não foi por cobrança, mas por cansaço e doença, não sei o que veio primeiro.
Ressucitei graças ao orkut que, pasmem, tinha todos os posts, sem os comentários.
Republiquei post por post na base do copia e cola. Deu um trabalho!!!
Agora não excluo mais. Fechei temporariamente por motivo de força financeira maior. Fora o desânimo que passou, creio que voltarei em breve. Se arranjar outro emprego, mais breve ainda. Por ora visitarei vocês todos via lan-house, que só não cortei a luz em casa porque tenho medo de escuro...
Bj e obrigado pelo carinho.
Adorei teu cantinho, as relações de palavra e imagem e seu jeito simples e leve de escrever. Continue!
Aeronauta, se eu não fosse "expert" nessa "arte do abandono", meu lado profissional com certeza seria completamente diferente. Mas, sem remorso e sem sentimentalismo vou deixando coisas e mais coisas pelo meio do caminho. Sigo como uma menina mimada fazendo todas as minhas vontades. Enquanto tenho motivação, me entrego de corpo e alma, mas quando a perco e tudo vira uma rotina chata ou uma obrigação, já era. Talvez um dia eu paro com esses mimos e deixo de achar que a vida é aquela minha caixa de brinquedos que eu espalhava pela casa e não queria guardar.Obrigada pelo incentivo que sempre me deu para escrever. Vou ficando por aqui visitando você e "nossos" amigos. Se não deixo comentários é por que muitas vezes fico sem as palavras certas.
Faz já 15 dias que você nos abandonou...
Deppois de um longo e tenebroso afastamento, volto e não encontro mais alguns amigos! Estou tonto, zonzinho sem saber direito o que dizer. Me dá vontade de escrever pra Menina mas como? tomara que ela leia aqui:
Menina, vc me ensinou foi coisa!...já sei dar porrada! não igual a vc. E se alguem mexer com a gente, a quem a gente chama? e o irmão de Marcus, correndo perigo lá no Morro? Pense bem: já cumpriu sua sina de largança. Que tal começar de novo com a promessa de largar lá adiante?
Beijo.
Gostei, Bernardo, pegar e largar é excitante, tem a "pegada" e tem a "largada".
Combino com o comentário da Menina "se não deixo comentários...às vezes fico sem as palavras certas" As palavras certas tem mesmo uns truques, se esquivam melindrosas...e às vezes resolvem aparecer sob todos os riscos.
Beijos pra essa turma interessante. Parabéns à autora.
Obrigada, pessoal, pela visita generosa, sempre. Obrigada, Chorik por ter reaparecido. Torço por você!
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