terça-feira, 30 de junho de 2009
flores
As rosas são a perfeição que assombra. Prefiro as margaridas, as flores que nascem nas pedras, no meio do mato, no calçamento partido; e que resistem, sem quaisquer cuidados, ao vento e à chuva e ao sol. Tirando-as de lá, sobrevivem até o fastio, simples e eternas que são. Não precisam de água gelada, açúcar, ar, essas coisas todas que as rosas, enfeitando uma sala, exigem dentro do vaso. Suas folhas são de um verde esgarçado, rústico, próprio de quem não se guarda do tempo; próprias de quem se entrega sem doação.
Imagem: "Flor do mato", por Eduardo Deboni.
(www.flickr.com)
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8 comentários:
Também prefiro as margaridas, as flores do campo e as violetas, embora estas sejam frágeis. Beijos
flores, todas existem porque são belas, uma para cada um. gosto da bananeira-do-mato, do bastão do imperador.
Já eu gosto de miosótis. Doidinha por eles.
Tb prefiro as margaridas, Nauta. Desde pequenininha, quando minha mãe me presenteava com uma dúzia delas nas minhas apresentações de balé.
Lindo texto!
Beijos.
Pô, primo... as minhas bananeiras-do-mato e bastão. Sem esquecer girassol, onze-horas, antúrio, mal-me-quer-bem-me-quer, chapéu-de-couro e qualquer flor agreste ou do mato.
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em frente àquele nosso retrato, em casa de tia magá havia um canteiro de antúrios e bastão.
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Aero, os guimarães, ousados, tomam seu espaço. Porque gostamos do espaço, do conteúdo do espaço e de você, dona do espaço.
Sempre gostei da graxa. Não entendo bem, mas acho que tb é uma flor plebéia e sem frescuras!!!
Tal como as mulheres. A metáfora é perfeita.
obrigado por usar a minha foto. Bonito texto.
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