quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cada tarde


BORBOLETAS

Tenho, dentro de mim, o amor mais puro,
Das borboletas, talvez, soltas no campo.
Descuidadas, plasmam no sopro essas manhãs
Largas e imensas, embaladas em sons.
São flores voando... consolo ou desencanto?

Jardins suspensos, ventos em mim
Como nessas borboletas o universo.



Imagem: "Borboletas e o ipê amarelo", por Flávio Cruvinel Brandão.
(www.flickr.com)

5 comentários:

Emmanuel Mirdad disse...

"Tenho, dentro de mim, o amor mais puro,
Das borboletas, talvez, soltas no campo".

Achar que tem é o mesmo engano que ilude cada borboleta atirada na vastidão, que de vasto, só a breve hipótese. Pouco depois, o vencimento sacramenta a validade pré-existente.

E do que vc acha que tem aí dentro, quando (e se) soltar no campo, não vai além do fenecer rapidamente, frágil rompante, sem a casca.

Gerana Damulakis disse...

Bem bonito e pede releitura por conta das entrelinhas.

Nilson disse...

Muuuuuito bom! "Jardins suspensos, ventos em mim / Como nessas borboletas o universo". Riqueza de versos. Orgulho de participar dessa roda seleta com gente que escreve como você!!!

Lidi disse...

Adoro borboletas. Rabisquei uns pálidos versos, recentemente, sobre elas. Essa temática me encanta! Amei o teu poema, Aero! Um beijo!

Lidi disse...

Fiquei feliz com tua visita no meu blogue! Obrigada, Aero! Um beijo!