Como esquecer o detalhe
daqueles dedos da mão direita todos olhando para cima, juntinhos, coladinhos um
no outro? A quentura de uma pele doce a despeito da violência que nutria? O
encantamento dos primeiros anos, aquele amor imenso finalmente saindo pelos meus
poros e lhe doando? E o erro, sempre o erro, estragando tudo: para o amor, a
maledicência não tem cura, não dura, o amor não dura à mal querência. Mas como
esquecer detalhes mínimos: sobrancelha direita falhando no meio, olhos escuros
meio tortos e um jeito peculiar de me abraçar para se desviar da morte?
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