sábado, 1 de junho de 2013

fruta boa





Toquei trêmula teu rosto e não acreditava no que via: dentes perfeitos, sorriso esculpido em
  nuvem sem ser desfeita. Tocar. Apenas o que eu queria, ambição pura de menina curiosa. 
Saber a temperatura de teus braços, de teu queixo, de teus olhos. Toquei sim, e muito, e ria, 
ria, ria, feito criança em dia de natal. Em tempos sem festa, aquela tua presença viva era o 

meu enorme quintal, cheio de frutas saborosas para meu paladar infantil.

Um comentário:

Sandra Pereira disse...

Que deliciosa descrição do prazer que se sente na presença do outro. A companhia, o dividir do tempo, continua sendo o melhor presente que podemos dar a quem amamos. As suas palavras aguçaram meu paladar...rs.