segunda-feira, 10 de junho de 2013

sonho eterno




O senso comum é que as pessoas são substituíveis. Assistindo pela quarta vez, ontem, aos filmes Antes do Amanhecer (1995) e Antes do Por-do-Sol (2004) relembrei o aprendizado. A personagem Celine diz isso: que nenhum amor que passou por sua vida foi substituído por outro, que cada um teve suas peculiaridades. Nenhum ser humano pode ser substituído, pensei, é verdade, claro que é verdade. Todos temos algo que nos difere dos outros: um sinal no pescoço, no ombro, na boca, na barriga, no braço. Não meramente isso: um sinal na alma. Nesse, um traço de mazela, noutro o traço de libertação, naquele outro traços de perda e de dor; e de alegria. Todos verdadeiramente humanos, e que atravessam nossas vidas deixando suas tatuagens no nosso corpo, para sempre.
A maior birra de minha vida é continuar acreditando no Amor. Se um dia esse sonho minar, me enterrem, me enterrem viva, num caixão de vidro, em cima de um monte: serei, à revelia do mundo, Branca de Neve - que acordará com o beijo do Príncipe.


Imagens, respectivamente: Filmes Antes do Amanhecer e Antes do Por do Sol.

3 comentários:

O Neto do Herculano disse...

Se tudo correr bem, "Antes da Meia Noite" nos cinemas sexta-feira. Fim da trilogia.

aeronauta disse...

Estou muito ansiosa, aguardando. Sexta-feira estarei lá.

Sandra Pereira disse...

Quando eu assisti ao Antes do Amanhecer estava loucamente apaixonada. Uma paixão adolescente no seu sentido de urgência, ardor, fervor, emergência...rs. Porém, nunca me senti "adolescente" nos meus sentimentos. Tenho sim, um jeito "moleca" de sentir determinadas coisas. A minha opinião sobre a substituição dos seres, das pessoas, é que ninguém é substituível. Tem sempre um gesto, um jeito, que geram em nós essas tatuagens que você mencionou. E como a que em meu pulso carrego, ninguém pode apagar.